Mdico anestesista preso aps se negar a fazer parto de emergncia 6qc3x
Publicado em 18/10/2019
Editoria: Sade
Contrato pela Prefeitura Municipal de Navira, o profissional exigia o aumento de R$ 1 mil por dia trabalhado para atender
Um mdico anestesista, de 33 anos, foi preso aps se negar a atender um parto de emergncia no Hospital Municipal de Navira aproximadamente 366 quilmetros de Campo Grande. A paciente estava com pr-eclmpsia e precisou ser anestesiada por um clnico geral para conseguir ser operada.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, o mdico contratado pela Prefeitura Municipal de Navira e h alguns dias exigia o aumento de R$ 1 mil por dia trabalhado para o municpio de R$ 800 para R$ 1,8 mil. O caso corre em segredo, por isso o nome dele no foi divulgado.
Em resposta, a Secretria Municipal de Sade afirmou que no era possvel o reajuste e por isso ele ou a recusar os atendimentos. Na segunda-feira, dia 14 de outubro, o mdico se negou a atender dois pacientes que deram entrada em regime de emergncia no hospital. Diante da situao, os pacientes precisaram ser transferidos para Dourados. Nesta quarta-feira (16) o caso voltou a acontecer, desta vez com uma grvida com pr-eclmpsia que quando a presso sobe subitamente, a ponto de provocar edema cerebral, convulso.
A mulher deu entrada na unidade em estado grave, precisando ser operada imediatamente para que ela e a filha sobrevivessem. O mdico ento foi acionado, mas afirmou que s atenderia se recebesse R$ 1,8 para ir at o Hospital Municipal. A gerncia de sade chegou a tentar transferncia da paciente para Dourados, mas no havia vaga no municpio vizinho.
Por conta da gravidade do caso, um clnico geral da unidade assumiu o risco e fez a anestesia do parto. A Gerncia Municipal de Sade avisou o Ministrio Pblico que acionou a Polcia Civil.
Segundo o delegado Eduardo Lucena, da 1 Delegacia de Polcia Civil de Navira, com a denncia as equipes foram at o mdico, que estava trabalhando em um hospital particular da cidade, e o prenderam em flagrante pelo crime de concusso (exigir vantagem indevida). O anestesista acabou liberado horas depois diante pagamento de fiana arbitrada pelo juiz da cidade.
Agora o caso segue em investigao. Se no operasse a me e a criana morreriam, reforou Lucena. Para a reportagem, o delegado detalhou que as outras duas recusas de atendimento tambm sero verificadas pela polcia. A reportagem entrou em contato com a Gerncia Municipal de Sade e aguarda resposta.
FONTE: Campo Grande News
